A incontinência urinária masculina é um dos problemas mais comuns que afectam o aparelho urinário dos homens.
É também uma das causas para o aparecimento de determinados constrangimentos sociais, na diminuição de qualidade de vida e autoestima.
Ainda assim, pode descansar: existem tratamento eficazes para o problema.
É possível aumentar o bem-estar pessoal e também diminuir as hipóteses de o problema se prolongar no tempo.
Neste artigo damos-lhe a conhecer tudo sobre a incontinência urinária: as suas causas, os vários tipos e ainda as terapêuticas mais promissoras.
O que é a Incontinência Urinária Masculina?
A incontinência urinária traduz-se na ocorrência de perdas de urina de forma involuntária pela uretra.
Ainda que possa surgir em qualquer faixa etária,
a incontinência urinária é mais comum a partir dos 45/50 anos. A probabilidade aumenta depois dos 70 anos.
Como não se trata de uma patologia grave e não representa perigo de vida, é um problema frequentemente desvalorizado.
No entanto, afecta negativamente a qualidade de vida e a esfera social, podendo interromper o sono ou causar vergonha por causa das perdas não controladas de urina.
A autoimagem dos homens, e consequentemente a sua autoestima, são fortemente abaladas.
Factores de Risco e Causas da Incontinência Urinária
Sendo bastante comum, alguns homens apresentam uma maior tendência para desenvolver este problema.
Existem algumas condições que aumentam o risco de desenvolver incontinência urinária, entre as quais:
- Idade avançada;
- Infecções urinárias;
- Quadros de alterações cognitivas, neurológicas e/ou funcionais;
- Queixas urinárias, denominadas por LUTS (Lower Urinary Tract Symptoms)
Este problema pode resultar de situações como as seguintes:
- Anomalias do esfíncter urinário (anel de músculos que contraem quando a bexiga enche para reter a urina e evitar as perdas);
- Situações pós-traumáticas;
- Patologias da bexiga (como hiperactividade do órgão ou diminuição da capacidade vesical);
- Situações pós-cirúrgicas (como nas intervenções à próstata ou ao intestino);
- Problemas ou patologias da próstata (que se repercutem na bexiga).
Quais são os vários tipos de Incontinência Urinária Masculina?
Este problema pode apresentar várias tipologias, que influenciam a forma como o mesmo se manifesta.
Daí ser da máxima importância realizar um diagnóstico completo, minucioso e adequado.
Geralmente, é realizado através do estudo da história clínica do paciente e das suas queixas e recorrendo igualmente ao exame objectivo - com avaliação abdominal, da região genital e o toque rectal, entre outros.
Além disso, pode ser necessário recorrer a outros métodos - designados por exames complementares - incluindo a urofluxometria, ecografias (aos rins, bexiga ou próstata), estudo urodinâmico completo e cistoscopia.
Assim sendo, existem 3 tipos mais comuns de incontinência urinária masculina, causados por:
- Bexiga hiperactiva;
- Regurgitação/extravasão;
- Rsforço.
Vejamos o que caracteriza cada um dos diferentes tipos.
1. Bexiga Hiperactiva
Nesta condição, o paciente sente uma vontade súbita de ir à casa de banho. Esta urgência surge porque o funcionamento da bexiga está alterado: a capacidade de contracção torna-se anormal, gerando pressões elevadas no seu interior.
Assim, mesmo que o esfíncter não tenha sofrido alterações, a pressão excede a sua força, causando perda de urina.
2. Incontinência por Regurgitação/Extravasão
Neste tipo de incontinência urinária existe geralmente uma obstrução crónica da bexiga que leva a uma progressiva distensão deste órgão e à perda progressiva da capacidade de contracção. Como o mecanismo normal de expulsão da urina é afectado, a bexiga nunca esvazia completamente e fica com cada vez mais urina residual até que acontece a consequente extravasão.
3. Incontinência por Esforço
Neste caso, as perdas acontecem por acções que provocam um esforço e aumento da pressão abdominal, como espirrar, tossir, rir ou mudar de posição; por uma alteração da capacidade do esfíncter - que não contrai como o esperado, não encerrando a uretra - ocorre perda de urina
Sintomas e Sinais de Alarme
Além dos factores de risco, existem sintomas associados que são comuns entre os homens que sofrem de incontinência urinária.
Estes sintomas dividem-se em 3 tipos:
- Esvaziamento - podem ser ligeiros ou mais marcados e caracterizam-se por situações como esforço para urinar, atraso no início da micção, jato fino e fraco, intermitência ou prolongamento do processo;
- Armazenamento - urgência ou vontade súbita de urinar, aumento da frequência das micções e necessidade de urinar durante a noite;
- Pós-miccionais - gotejo após a micção e sensação de esvaziamento incompleto.
Como tratar a Incontinência Urinária Masculina?
Este problema apresenta várias opções de tratamento. É importante destacar que o prognóstico desta situação é, em regra, bastante positivo.
É possível recuperar a qualidade de vida, principalmente se a terapêutica for adequada consoante o tipo, a causa e a evolução da incontinência.
As soluções disponíveis dizem respeito a técnicas não invasivas ou, em alternativa, a pequenas intervenções.
No primeiro grupo - os métodos não invasivos - , encontram-se as seguintes opções:
- Terapêutica médica com medicamentos (como os Anti-Muscarínicos e Beta-3 Agonistas);
- Alteração de hábitos e estilos de vida (mudanças alimentares, ingestão de líquidos na dose recomendada, entre outras novas rotinas);
- Reabilitação/Reeducação Pélvica (com técnicas como a eletroestimulação e o biofeedback, associadas às manobras posturais designadas Exercícios de Kegel, técnicas clássicas de Fisioterapia).
Quanto às técnicas invasivas, consideram-se as seguintes:
- Injecção de “bulking agents” - encerram a uretra, ajudando o esfíncter, em casos ligeiros;
- Colocação de “sling” - dispositivos conhecidos por ”fitas”, insufláveis ou não, por baixo da uretra que impedem perdas de urina, para a incontinência ligeira a moderada;
- Colocação de esfíncter artificial - dispositivo que o paciente activa quando quer urinar, usado em casos mais graves.
- Injecção de Toxina Botulínica intra-vesical ou colocação de Neuromodulador (técnicas reservadas para casos especiais).
Com estes tratamentos minimamente invasivos, as perdas habitualmente terminam após a intervenção.
Por outro lado, nos casos de técnicas não invasivas, os sintomas melhoram progressivamente ao longo do tempo, à medida em que é efectuada a terapêutica.
Usufrua de uma vida em pleno sem Perdas de Urina
A vergonha é uma das inimigas no tratamento da incontinência urinária, sendo, no entanto, uma situação muito recorrente.
Por isso, é essencial perceber que este problema tem solução, pelo que de nada vale protelar a decisão de consultar um especialista.
Os profissionais do Instituto da Próstata tratam diariamente homens com este problema. Têm uma grande experiência nos métodos e tratamentos mais eficazes e indicados para cada caso.
Não espere mais: marque uma consulta de diagnóstico. Dê o primeiro passo e recupere qualidade de vida.