Mais de metade dos homens com idade acima dos 50 anos têm sintomas de Hiperplasia Benigna da Próstata.
Ainda que a patologia apenas em fase avançada coloque em risco a vida dos pacientes, tem efeitos muito limitantes na sua qualidade de vida mesmo em fases precoces..
Encontrar técnicas que sejam, simultaneamente, inovadoras, eficazes e pouco invasivas, é um objectivo fundamental e uma mais valia na preservação de um bom estado de saúde e na eliminação da sintomatologia típica.
De entre as escolhas possíveis, a técnica Rezum é, actualmente, uma das mais promissoras e relevantes.
7 razões que fazem do Rezum um método de sucesso
Apesar de relativamente recente, esta é uma abordagem terapêutica com claros benefícios, contribuindo para que se diferencie face aos restantes procedimentos mais clássicos.
Vejamos quais são os seus pontos fortes.
1. É uma técnica minimamente invasiva
Não sendo um processo cirúrgico, a aplicação da técnica Rezum não recorre a incisões, fazendo dela um método menos agressivo.
De forma simplificada, baseia-se na destruição da parte da próstata que sofreu um aumento (por proliferação celular descontrolada) e que causa os sintomas típicos de Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP).
Como decorre este procedimento?
Através de um gerador de radiofrequência, uma quantidade controlada de água é convertida em vapor, resultando em energia térmica.
Depois, com a ajuda de um dispositivo introduzido na uretra, essa energia é distribuída em doses controladas e direccionadas para as membranas das células do tecido em excesso - desencadeando a sua necrose e posterior eliminação.
Todo o procedimento é visualizado e controlado graças a uma lente telescópica incorporada no dispositivo que distribui o vapor.
2. Substitui outros métodos e os seus efeitos secundários
Geralmente, todos os tratamentos para a HBP apresentam alguns efeitos secundários (excepto, claro, a vigilância activa - em português mais correctamente designada por espera vigilante - praticada nos casos menos graves).
O Rezum permite alcançar o mesmo efeito (eliminar a parte da próstata em excesso e reduzir sintomas), sem a maioria destas consequências.
O uso de medicação, por exemplo, para além de exigir a toma diária de fármacos para manter os resultados, é uma das terapêuticas com mais efeitos secundários, como por exemplo quadros de hipotensão, astenia, redução da líbido, disfunção eréctil e complicações no processo de ejaculação.
Além disso, existe a possibilidade de, com o passar do tempo, os medicamentos deixarem de produzir as melhorias sentidas inicialmente.
De igual forma, os procedimentos cirúrgicos podem causar efeitos secundários na função sexual (como a perda da ejaculação) e ainda causar complicações como apertos (estenoses) da uretra, infecção,, hemorragia ou até incontinência urinária.
3. Preserva a função sexual
A disfunção sexual é um dos efeitos mais temidos associados aos tratamentos para a próstata aumentada, principalmente, para os pacientes sexualmente activos.
A maior parte dos procedimentos pode prejudicar a função sexual. O mesmo não acontece com o Rezum. Até à data, é o tratamento que menos casos de disfunção sexual provoca, como foi demonstrado nos pacientes analisados em inúmeros estudos.
4. Tem resultados satisfatórios e duradouros
Os bons resultados são umas das razões que fazem do Rezum uma técnica promissora, que se conseguiu impor por entre outras técnicas - aparentemente vantajosas, como a embolização prostática ou a Ablação Trans-uretral por Agulhas, mas cujos resultados não são duradouros.
Apesar de, depois do tratamento, os sintomas parecerem manter-se ou mesmo agravar-se durante algum tempo, por causa do edema causado pelo tratamento, as melhorias clínicas ocorrem logo após o primeiro mês (e de forma mais evidente após as 6-8 semanas), com o alívio a prolongar-se e a manter-se ao longo dos anos. Constatou-se em diversos estudos que, 5 anos após o tratamento, 95% dos doentes que efectuaram a técnica de Rezum não precisaram de outros tratamentos.
Assim, depois do tratamento com a técnica Rezum, são identificadas melhorias nos seguintes indicadores:
- QoL: qualidade de vida;
- IPSS: score internacional de sintomas da próstata;
- PVR: volume residual pós-miccional;
- Qmax: taxa de fluxo da urina.
Contudo, cada caso é um caso, pelo que a evolução dos resultados depende da resposta de cada paciente ao tratamento.
5. Não requer hospitalização
Este método é realizado em ambulatório, com recurso a uma anestesia local ou sedação, pelo que não exige tempo de internamento. O paciente tem alta no mesmo dia.
Trata-se de um procedimento rápido e simples, com a aplicação de 2 a 7 injecções durante poucos segundos em cada zona, sendo realizado uma só vez.
Isto significa que pode retomar a sua vida normal em poucos dias.
6. É um método seguro
Com a energia térmica a ser aplicada de forma direccionada, é possível preservar o tecido ao redor da área tratada.
Além disso, o dispositivo incorpora alguns mecanismos e recursos de segurança, que protegem a uretra de sofrer superaquecimento.
A sua segurança é aprovada pela Food and Drugs Administration desde 2015.
7. Tem poucas restrições anatómicas
Ainda que, normalmente, o Rezum não seja indicado para próstatas muito grandes, não existem grandes restrições anatómicas. Isto significa que consegue tratar várias morfologias da próstata.
Informe-se sobre o Rezum junto de um médico especialista
Ainda que o método terapêutico Rezum seja especialmente vantajoso, é fundamental que sejam realizados alguns testes de diagnóstico, a fim de certificar que conseguirá alcançar os resultados desejados.
Além do mais, é fundamental que seja efectuado por uma equipa médica experiente.
O Instituto da Próstata está apto a aplicar o procedimento, dado que é um dos primeiros centros nacionais a disponibilizar esta opção terapêutica.